sábado, 3 de dezembro de 2011

late design: cão sem dono.

Ah, o "light design"; late, cão sem dono. Já tem "light designer" confundindo "green lighting" com "green light". Au, au! Vem aí o Green Tea Party...

domingo, 23 de outubro de 2011

Prêmios, Láureas e outros afagos: enquadrando o ego.

Ganhamos, Alain e eu, na última semana, um primeiro prêmio na Categoria Fachadas, Monumentos e Espaços Públicos, do V Prêmio ABILUX de Projetos de Iluminação. O projeto premiado foi a Iluminação do Theatro Municipal de São Paulo, que é, sem falsa modéstia, um bom trabalho. Um bom projeto legitima o prêmio tanto como o prêmio o reconhece. Qualquer bom projeto. Não é o prêmio da IALD nem o Edison Awards mas é o nosso prêmio nacional. Recebí-o com satisfação.
Confesso porém que fui para a cerimônia, enquanto um dos três anônimos nominados, com uma ponta de apreensão, ansioso com a possibilidade de virmos a ser agraciados com um terceiro prêmio, como aconteceu com Peter Gasper em 2009, pelo Auditório do Ibirapuera. Em 2010 a premiação estranhamente não aconteceu, talvez por descrédito.
O fato é que, com seus critérios contestáveis (porém legítimos), o Prêmio Abilux resta sendo a única premiação do setor no Brasil, por falta de outra iniciativa das instâncias profissionais. Nesta última edição, a meu ver, um júri externo conferiu maior credibilidade às escolhas, com a organização feita via SENAI, embora a participação de profissionais de maior renome nesta edição de retomada ainda tenha sido tímida, (além de inexistente no corpo de jurados), o que decorre ainda talvez da imposição de uma cota de "materiais nacionais" como um dos critérios para a inscrição de projetos no prêmio, além de uma burocracia certamente exagerada . Na categoria na qual concorremos, por exemplo, não poderiam ter sido inscritos projetos como o Cristo Redentor (Peter Gasper), Avenida Paulista (Plínio Godoy), Catedral de Fortaleza (Atelier Lumière), dentre outros importantes projetos que me vêem à memoria agora, por utilizarem basicamente materiais importados não nacionalizados. O mesmo deve ocorrer em outras categorias.
Sei lá, vai parecer implicância minha, mas a ASBAI deveria ter ao menos um representante presente na cerimônia de premiação. Pode-se relevar a ausência com a crença de que todos estavam em Madrid, como alguns dos laureados, pois participavam do PLDC, hoje o maior evento mundial para o setor de Lighting Design. O Sr. Paulo Scaff, da FIESP,  também não esteve presente, mas enviou uma mensagem e um representante. Presentes também os altos dirigentes das empresas patrocinadoras: GE, Itaim, Philips, Schréder e Osram. Fica o registro da necessidade de rever o calendário para a próxima edição.
No site da Abilux.com.br os interessados encontrarão um documento com todos os premiados nas diversas categorias, inclusive nas edições anteriores.

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Catedral de Fortaleza na L+D

Colorido? Sim. Com nuances. Mais detalhes na matéria. L+D número 35. Equipamentos Philips Colorknetics.

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

The black body - o humor negro de um kelvinista

Em blog de iluminação quando a gente escreve 2000K,  isto pode não ser nada engraçado! kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk....

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Isto Charles Darwin não previu: a mutação da PAR 30

Deve haver alguma radiação invisível no ar ou algo parecido que explique o fato. Preciso consultar urgentemente um botânico a respeito do assunto pois venho observando uma mutação genética frequente em espécies vegetais de uso ornamental. Algumas palmeiras e arbustivas vêem ostentando florações de lâmpadas PAR. As florações verde e âmbar são as mais recorrentes. Ocorrem por vezes no meio do tronco, por vezes abaixo da copa, em buquês de 2, 4 ou 6 unidades.
Nos próprios ícones dos projetos paisagísticos já se percebe o fenômeno, pois a presença das lâmpadas já foi incorporada nos blocos de desenho. Acho que até mesmo já fazem parte do custo da muda. Muda jovem: 2 PAR 20; muda semiadulta 4 PAR 30, etc...
Pouco importa aonde, pouco importa a disposição espacial, a sequência, a quantidade de espécies, o plano de fundo, a direção do olhar do observador: Tome-lhe umas tantas PAR por muda, quentinhas, no espeto, e estamos alimentados.
Sei não, cansei de fazer cara de paisagem.

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

A afinação da luz e o boi de piranha


Teste de luz no Teatro Municipal do Rio de Janeiro (2005)
 Quem já fez sabe que conduzir um teste de luz (ou afinação, se você não teme as gozações) na presença do cliente é uma tragédia grega. A ansiedade dele pode ser a sua desgraça. Lembre-se que a primeira imagem é a que fica, principalmente para quem está pagando; portanto nada deste negócio de mostrar obra "em processo". A não ser que você seja masoquista.
Fazendo seus testes na alta madrugada, no máximo você terá que escutar as sugestões de mendigos, damas da noite, "damas de paus" e taxistas. Muitas vezes sensatas.
Louis Khan, o gurú do meu gurú, resume este tipo de risco na frase célebre: "o elefante é um cavalo desenhado por uma comissão".
Agora, se estupro for inevitável, antes de relaxar, como último recurso, recorra ao boi de piranha. Sacrifique propositalmente uma vaca velha a quem lhe paga e escute atenciosamente as ponderações de seu cliente. Reconheça que sem as contribuições dele o resultado ficaria irremediavelmente comprometido. Ele vai ficar feliz e vai deixar você trabalhar em paz.
Contornar tais situações deveria ser cobrado, minimamente, como hora de terapia lacaniana. -"Por hoje paramos por aqui. São 300 reais".

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Sejamos honestos: você também já pensou nisto...

No mundo ideal do lighting designer não haveria lugar para "o cara do ar condicionado" nem para o "cara do som", que ficam disputando contigo um lugar ao sol (leia-se: no forro)
Tampouco para o paisagista, com suas prometidas árvores e arbustos de "porte adulto" (leia-se: mudas)
Muito menos para o gestor público, íntimo co-autor de seu projeto ( - "não acha que ficaria ótimo tudo verde e vermelho para o Natal?")
Baniríamos os arquitetos e suas arquiteturas do "tudo polido", "tudo transparente", "sem textura", "sem espessura", "off whites" (leia-se: expressões egocêntricas do nada)
E o Cliente, este então...