quinta-feira, 22 de setembro de 2011
The black body - o humor negro de um kelvinista
Em blog de iluminação quando a gente escreve 2000K, isto pode não ser nada engraçado! kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk....
terça-feira, 20 de setembro de 2011
Isto Charles Darwin não previu: a mutação da PAR 30
Deve haver alguma radiação invisível no ar ou algo parecido que explique o fato. Preciso consultar urgentemente um botânico a respeito do assunto pois venho observando uma mutação genética frequente em espécies vegetais de uso ornamental. Algumas palmeiras e arbustivas vêem ostentando florações de lâmpadas PAR. As florações verde e âmbar são as mais recorrentes. Ocorrem por vezes no meio do tronco, por vezes abaixo da copa, em buquês de 2, 4 ou 6 unidades.
Nos próprios ícones dos projetos paisagísticos já se percebe o fenômeno, pois a presença das lâmpadas já foi incorporada nos blocos de desenho. Acho que até mesmo já fazem parte do custo da muda. Muda jovem: 2 PAR 20; muda semiadulta 4 PAR 30, etc...
Pouco importa aonde, pouco importa a disposição espacial, a sequência, a quantidade de espécies, o plano de fundo, a direção do olhar do observador: Tome-lhe umas tantas PAR por muda, quentinhas, no espeto, e estamos alimentados.
Sei não, cansei de fazer cara de paisagem.
Nos próprios ícones dos projetos paisagísticos já se percebe o fenômeno, pois a presença das lâmpadas já foi incorporada nos blocos de desenho. Acho que até mesmo já fazem parte do custo da muda. Muda jovem: 2 PAR 20; muda semiadulta 4 PAR 30, etc...
Pouco importa aonde, pouco importa a disposição espacial, a sequência, a quantidade de espécies, o plano de fundo, a direção do olhar do observador: Tome-lhe umas tantas PAR por muda, quentinhas, no espeto, e estamos alimentados.
Sei não, cansei de fazer cara de paisagem.
quinta-feira, 15 de setembro de 2011
A afinação da luz e o boi de piranha
Quem já fez sabe que conduzir um teste de luz (ou afinação, se você não teme as gozações) na presença do cliente é uma tragédia grega. A ansiedade dele pode ser a sua desgraça. Lembre-se que a primeira imagem é a que fica, principalmente para quem está pagando; portanto nada deste negócio de mostrar obra "em processo". A não ser que você seja masoquista.
Fazendo seus testes na alta madrugada, no máximo você terá que escutar as sugestões de mendigos, damas da noite, "damas de paus" e taxistas. Muitas vezes sensatas.
Louis Khan, o gurú do meu gurú, resume este tipo de risco na frase célebre: "o elefante é um cavalo desenhado por uma comissão".
Agora, se estupro for inevitável, antes de relaxar, como último recurso, recorra ao boi de piranha. Sacrifique propositalmente uma vaca velha a quem lhe paga e escute atenciosamente as ponderações de seu cliente. Reconheça que sem as contribuições dele o resultado ficaria irremediavelmente comprometido. Ele vai ficar feliz e vai deixar você trabalhar em paz.
Contornar tais situações deveria ser cobrado, minimamente, como hora de terapia lacaniana. -"Por hoje paramos por aqui. São 300 reais".
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Teste de luz no Teatro Municipal do Rio de Janeiro (2005) |
Fazendo seus testes na alta madrugada, no máximo você terá que escutar as sugestões de mendigos, damas da noite, "damas de paus" e taxistas. Muitas vezes sensatas.
Louis Khan, o gurú do meu gurú, resume este tipo de risco na frase célebre: "o elefante é um cavalo desenhado por uma comissão".
Agora, se estupro for inevitável, antes de relaxar, como último recurso, recorra ao boi de piranha. Sacrifique propositalmente uma vaca velha a quem lhe paga e escute atenciosamente as ponderações de seu cliente. Reconheça que sem as contribuições dele o resultado ficaria irremediavelmente comprometido. Ele vai ficar feliz e vai deixar você trabalhar em paz.
Contornar tais situações deveria ser cobrado, minimamente, como hora de terapia lacaniana. -"Por hoje paramos por aqui. São 300 reais".
quarta-feira, 14 de setembro de 2011
Sejamos honestos: você também já pensou nisto...
No mundo ideal do lighting designer não haveria lugar para "o cara do ar condicionado" nem para o "cara do som", que ficam disputando contigo um lugar ao sol (leia-se: no forro)
Tampouco para o paisagista, com suas prometidas árvores e arbustos de "porte adulto" (leia-se: mudas)
Muito menos para o gestor público, íntimo co-autor de seu projeto ( - "não acha que ficaria ótimo tudo verde e vermelho para o Natal?")
Baniríamos os arquitetos e suas arquiteturas do "tudo polido", "tudo transparente", "sem textura", "sem espessura", "off whites" (leia-se: expressões egocêntricas do nada)
E o Cliente, este então...
Tampouco para o paisagista, com suas prometidas árvores e arbustos de "porte adulto" (leia-se: mudas)
Muito menos para o gestor público, íntimo co-autor de seu projeto ( - "não acha que ficaria ótimo tudo verde e vermelho para o Natal?")
Baniríamos os arquitetos e suas arquiteturas do "tudo polido", "tudo transparente", "sem textura", "sem espessura", "off whites" (leia-se: expressões egocêntricas do nada)
E o Cliente, este então...
terça-feira, 13 de setembro de 2011
O blush e o iluminador
Qualquer menina aprende desde cedo que uma bolsa de maquiagem que se preze oferecerá vários tipos de pincéis. Chatos, cilíndricos, inclinados. Cada um serve para um fim específico. Em iluminação é parecido: primeiro, uma boa base, como luz de enchimento. Depois as altas luzes e as sombras. Evitando confundir o pincel do blush com o pincel do iluminador. Sim, prefira tons apropriados ao tom da sua pele e guarde as sombras coloridas só para as ocasiões festivas. Senão sua iluminação vai ficar igual ao make carnavalesco de um bloco de travestidos.
Princípios básicos de Pistolagem para Lighting Designers
Tente acertar seu tiro: se você fizer isto já será um bom iluminador. A maioria erra.
É preciso porém saber onde se quer acertar e porque.
Luz e bala não fazem curva. Acredite.
Se for matar elefante, use arma de matar elefante. Não tente com um .22
Atirar com uma escopeta em uma libélula é um crime hediondo.
Seja um mestre da tocaia: invisível na posição de tiro.
Escolha uma boa arma, que não exploda em sua cara.
Os calibres são 32, 38, .40, 9mm. Não existe calibre 35,5 nem lâmpada de 73,56 W.
Treine até parar de tremer.
Confie no seu olho ao fazer a mira.
É preciso porém saber onde se quer acertar e porque.
Luz e bala não fazem curva. Acredite.
Se for matar elefante, use arma de matar elefante. Não tente com um .22
Atirar com uma escopeta em uma libélula é um crime hediondo.
Seja um mestre da tocaia: invisível na posição de tiro.
Escolha uma boa arma, que não exploda em sua cara.
Os calibres são 32, 38, .40, 9mm. Não existe calibre 35,5 nem lâmpada de 73,56 W.
Treine até parar de tremer.
Confie no seu olho ao fazer a mira.
segunda-feira, 12 de setembro de 2011
PAR ou ímpar?
O banal lighting design de interiores no Brasil é quimicamente dependente de lâmpadas com refletor incorporado, de preferência embutidas em um forro de gesso.
É uma espécie de misticismo que consiste em acreditar que as coisas ficarão para sempre imóveis em um layout eterno, cozinhando lentamente sob a incidência de fachos de luz concentrada.
Isto, mais pisos de porcelanato polido, dá um resultado indescritível!
É uma espécie de misticismo que consiste em acreditar que as coisas ficarão para sempre imóveis em um layout eterno, cozinhando lentamente sob a incidência de fachos de luz concentrada.
Isto, mais pisos de porcelanato polido, dá um resultado indescritível!
sábado, 10 de setembro de 2011
Quer sombras doces, trabalhe duro.
Suponhamos que a luz artificial perfeita seja um ajuste refinado entre uma incidência luminosa suficientemente direcional ( que gere sombras projetadas) mas suficientemente difusa para que tais sombras não sejam demasiado duras (muito negras, em altos contrastes). Nem tão difusa ao ponto de perder seu caráter direcional (como em um dia nublado e quase sem sombras), nem tão direcional ao ponto de produzir sombras dramaticamente oblíquas. Uma luz quase como a do sol. A melhor luz para mim (e para você) será uma luz como é a do sol no lugar onde você mais viveu.
Na fotografia e no cinema, o controle destas correlações (direção, intensidade e distância) pode ser obtido de diferentes maneiras. Na fotografia de estúdio, o caráter predominantemente estático do sujeito e o controle estrito do enquadramento permitem manter as fontes luminosas fora do campo visual do observador (definido pela abertura angular da câmera), mesmo que estas estejam fisicamente muito próximas destes ou tenham grandes dimensões. O que nào está enquadrado, não existe.Podemos portanto trabalhar com fontes difusas de grande tamanho e que gerem incidências suficientemente intensas e direcionais. Já no cinema, pela movimentação dos personagens durante a cena e também do próprio plano de câmera em movimento, tais artifícios são igualmente possíveis, porém com limitações muito maiores em relação ao número de planos de visualização a controlar para evitar a percepção das fontes de luz.
Em iluminação de arquitetura, também há, de certo modo, um enquadramento, que é demarcado pela abertura média do campo visual do observador comum: humano e bípede. Existem algumas estações de visualização principais e enquadramentos por obstrução, decorrentes da configuração do entorno, ou do própri espaço. Mais ainda do que na fotografia de estúdio, a Arquitetura é um sujeito estritamente estático - sequer sorrí.
Tal como no cinema, a câmera do olho também se move, porém aleatoriamente, sem story board e sem diretor. Portanto, são inúmeros os ângulos que devemos controlar para que o observador não possa visualizar as fontes emissoras de luz, pelo o menos não a ponto de ter sua percepção do objeto alterada. Ou que a magia se desfaça.
Tampouco a presença de tais fontes de luz no entorno da arquitetura deve ocupar indevidamente o primeiro plano visual, seja no espaço da cidade, seja quando inserida no espaço da própria arquitetura. Não podemos ignorar o peso de sua presença.
Isto nos impele sempre a buscar dissimular (onde a ocasião melhor se apresentar) fontes de luz cada vez mais discretas, menores e de caráter geralmente pontual, sendo bastante mais complexo gerir o equilíbrio entre a intensidade e a direção de emissão e a "dureza" das sombras produzidas.
Le Corbusier inventou a perspectiva com mais de um ponto de fuga. Na iluminação artificial de arquitetura, há mais sempre mais de um sol. Ambas são representações antinaturais que transcendem a realidade. Por isso mesmo têm seu próprio valor.
Na fotografia e no cinema, o controle destas correlações (direção, intensidade e distância) pode ser obtido de diferentes maneiras. Na fotografia de estúdio, o caráter predominantemente estático do sujeito e o controle estrito do enquadramento permitem manter as fontes luminosas fora do campo visual do observador (definido pela abertura angular da câmera), mesmo que estas estejam fisicamente muito próximas destes ou tenham grandes dimensões. O que nào está enquadrado, não existe.Podemos portanto trabalhar com fontes difusas de grande tamanho e que gerem incidências suficientemente intensas e direcionais. Já no cinema, pela movimentação dos personagens durante a cena e também do próprio plano de câmera em movimento, tais artifícios são igualmente possíveis, porém com limitações muito maiores em relação ao número de planos de visualização a controlar para evitar a percepção das fontes de luz.
Em iluminação de arquitetura, também há, de certo modo, um enquadramento, que é demarcado pela abertura média do campo visual do observador comum: humano e bípede. Existem algumas estações de visualização principais e enquadramentos por obstrução, decorrentes da configuração do entorno, ou do própri espaço. Mais ainda do que na fotografia de estúdio, a Arquitetura é um sujeito estritamente estático - sequer sorrí.
Tal como no cinema, a câmera do olho também se move, porém aleatoriamente, sem story board e sem diretor. Portanto, são inúmeros os ângulos que devemos controlar para que o observador não possa visualizar as fontes emissoras de luz, pelo o menos não a ponto de ter sua percepção do objeto alterada. Ou que a magia se desfaça.
Tampouco a presença de tais fontes de luz no entorno da arquitetura deve ocupar indevidamente o primeiro plano visual, seja no espaço da cidade, seja quando inserida no espaço da própria arquitetura. Não podemos ignorar o peso de sua presença.
Isto nos impele sempre a buscar dissimular (onde a ocasião melhor se apresentar) fontes de luz cada vez mais discretas, menores e de caráter geralmente pontual, sendo bastante mais complexo gerir o equilíbrio entre a intensidade e a direção de emissão e a "dureza" das sombras produzidas.
Le Corbusier inventou a perspectiva com mais de um ponto de fuga. Na iluminação artificial de arquitetura, há mais sempre mais de um sol. Ambas são representações antinaturais que transcendem a realidade. Por isso mesmo têm seu próprio valor.
quinta-feira, 8 de setembro de 2011
"Bom de iluminar é o cabelo da Elba Ramalho"
A frase do título é de meu célebre colega Peter Gasper. Traduz com humor algo muito fundamental no cotidiano de quem trabalha com iluminação: determinadas coisas amam a luz, outras menos, outras nada. "Pacas, pouco ou picas". Não adianta forçar a barra.
Vemos com muita frequência nas revistas projetos de iluminação com resultados visuais espetaculares que resultam mais da natureza em sí da arquitetura iluminada do que da maestria da solução luminotécnica. Louis Khan já afirmava que toda arquitetura expande a sua própria luz, como parte indissociável de sua natureza.
Enquanto venho concentrando meu diálogo profissional majoritariamente em arquiteturas "de arquitetos mortos", muitas das quais se assemelham ao cabelo da Elba, observo quão árduo é o trabalho dos lighting designers ao intervirem na produção arquitetônica contemporânea brasileira. Isto se agrava ainda mais nas intervenções nas novas infraestruturas urbanas, estruturas antes conhecidas como "obras de arte", nas quais hoje vê-se muito mais PACs do que pacas. Estruturas de grande porte reduzidas à sua expressão estritamente funcional, com muito pouco apuro estético. Aí fica um pouco mais difícil. Beleza: picas!
Vemos com muita frequência nas revistas projetos de iluminação com resultados visuais espetaculares que resultam mais da natureza em sí da arquitetura iluminada do que da maestria da solução luminotécnica. Louis Khan já afirmava que toda arquitetura expande a sua própria luz, como parte indissociável de sua natureza.
Enquanto venho concentrando meu diálogo profissional majoritariamente em arquiteturas "de arquitetos mortos", muitas das quais se assemelham ao cabelo da Elba, observo quão árduo é o trabalho dos lighting designers ao intervirem na produção arquitetônica contemporânea brasileira. Isto se agrava ainda mais nas intervenções nas novas infraestruturas urbanas, estruturas antes conhecidas como "obras de arte", nas quais hoje vê-se muito mais PACs do que pacas. Estruturas de grande porte reduzidas à sua expressão estritamente funcional, com muito pouco apuro estético. Aí fica um pouco mais difícil. Beleza: picas!
quarta-feira, 7 de setembro de 2011
7 de Setembro: iluminações em verdiamarelo em prol da cura de quê mesmo?
Sei lá, já ando confuso com tanto dia colorido. Talvez no dia de hoje não escapemos de uma iluminação auriverde do Cristo Redentor, ou de outro pobre ícone nacional,que fará a primeira página de muitos jornais no dia de amanhã."Cristo Redentor iluminado na data pátria pela cura do câncer nacional..." Mas essa doença parece incurável.
A verdade é que há tanta diluição nestes atos que qualquer sentido se perdeu.
A verdade é que há tanta diluição nestes atos que qualquer sentido se perdeu.
terça-feira, 6 de setembro de 2011
Devagar com o RGB Celofane. Devagar, que eu conheço Cézanne.
O LED em tricromia aditiva (Red-Green-Blue) franqueou e vem popularizando o acesso irrestrito ao universo da luz colorida aplicada ao projeto de iluminação arquitetural. Milhões de possibilidades de ajuste, milhões de dúvidas, milhões de possibilidades de erro, milhões de significados decorrentes.
Além da banalidade das mudanças préprogramadas da lâmpada PARchinesa à venda no camelô, hoje o ajuste profissional da cor ou da temperatura de cor precisa de um sistema de coordenadas que o defina. Estes ajustes podem ser sutis e muito sofisticados, podem ir muito além do RGB de celofane. Há o azul do Chase Manhatan e o azul do monocromatista Yves Klein. Cada um significa algo completamente distinto. Qual é a intensidade e a saturação do seu "azul"? Em que escala, em que espaço-tempo ele se dá, e quem vivencia esta atmosfera luminosa? "O que swimgnifica isso? O que signifixa isso?"
E se tudo isso tem significado e é significante, pressupondo o reconhecimento da autoria e a responsabilidade decorrentes, é necessário que não possa ser alterado à revelia de quem teve o encargo de fazê-lo. Portanto, toda alteração na programação atenta contra a integridade autoral de uma iluminação.
Além da banalidade das mudanças préprogramadas da lâmpada PARchinesa à venda no camelô, hoje o ajuste profissional da cor ou da temperatura de cor precisa de um sistema de coordenadas que o defina. Estes ajustes podem ser sutis e muito sofisticados, podem ir muito além do RGB de celofane. Há o azul do Chase Manhatan e o azul do monocromatista Yves Klein. Cada um significa algo completamente distinto. Qual é a intensidade e a saturação do seu "azul"? Em que escala, em que espaço-tempo ele se dá, e quem vivencia esta atmosfera luminosa? "O que swimgnifica isso? O que signifixa isso?"
E se tudo isso tem significado e é significante, pressupondo o reconhecimento da autoria e a responsabilidade decorrentes, é necessário que não possa ser alterado à revelia de quem teve o encargo de fazê-lo. Portanto, toda alteração na programação atenta contra a integridade autoral de uma iluminação.
segunda-feira, 5 de setembro de 2011
Iluminação dinâmica e paisagem urbana: Pílulas prévias 1
Primeiramente, se a iluminação é dinâmica não dá para tecer qualquer análise a partir de imagens estáticas.
Porque não nos interessa saber apenas quais e quantas configurações a imagem assume, mas também como se dão as transições entre elas, ou seja, como se opera o movimento.
Fala-se muito mais sobre a cor no debate atual, pelo seu mau uso, quando o elemento de maior interesse no dinamismo é mesmo o tempo. No tempo está a música da luz : andamento, ritmo, frequência. A cor é apenas como o volume, sinaliza a ênfase, a presença. Há boa música com muita ênfase e com pouca ênfase, o potente e o diáfano. Mas vivemos um tempo em que todos vivem falando muito alto.
Portanto nada de imagens estáticas: eu ví entristecido o Cristo Redentor em tons predominantemente magenta na propaganda da Osram. Não é rosa mas "estava" rosa. Peter Gasper o concebeu em um ajuste dominante sofisticado de luz branca de elevada temperatura com contraluzes azuis, mas "estava" magenta quando fizeram a foto. Portanto, uma foto pode não representar o melhor ajuste de uma concepção, como também pode ser feita no meio de uma transição, quando o sistema está efetuando uma passagem de um estado a outro.
Porque não nos interessa saber apenas quais e quantas configurações a imagem assume, mas também como se dão as transições entre elas, ou seja, como se opera o movimento.
Fala-se muito mais sobre a cor no debate atual, pelo seu mau uso, quando o elemento de maior interesse no dinamismo é mesmo o tempo. No tempo está a música da luz : andamento, ritmo, frequência. A cor é apenas como o volume, sinaliza a ênfase, a presença. Há boa música com muita ênfase e com pouca ênfase, o potente e o diáfano. Mas vivemos um tempo em que todos vivem falando muito alto.
Portanto nada de imagens estáticas: eu ví entristecido o Cristo Redentor em tons predominantemente magenta na propaganda da Osram. Não é rosa mas "estava" rosa. Peter Gasper o concebeu em um ajuste dominante sofisticado de luz branca de elevada temperatura com contraluzes azuis, mas "estava" magenta quando fizeram a foto. Portanto, uma foto pode não representar o melhor ajuste de uma concepção, como também pode ser feita no meio de uma transição, quando o sistema está efetuando uma passagem de um estado a outro.
domingo, 4 de setembro de 2011
A luz, não o lux
Aqui falaremos da luz, da luz que eu vejo. Atmosferas da luz, percepções da luz, comportamentos sob a luz, imagens visíveis sob a luz, da luz que se faz. Não falarei de lux, que eu não vejo, pois senão eu não seria um homem, seria um luxímetro. Em lux se mede a luz incidente. Melhor pensar sempre na luz refletida. Luz Refletida, se bem me entendem. candela. calor.
Lux é marca de sabonete (http://www.lux.com.br/).
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