Primeiramente, se a iluminação é dinâmica não dá para tecer qualquer análise a partir de imagens estáticas.
Porque não nos interessa saber apenas quais e quantas configurações a imagem assume, mas também como se dão as transições entre elas, ou seja, como se opera o movimento.
Fala-se muito mais sobre a cor no debate atual, pelo seu mau uso, quando o elemento de maior interesse no dinamismo é mesmo o tempo. No tempo está a música da luz : andamento, ritmo, frequência. A cor é apenas como o volume, sinaliza a ênfase, a presença. Há boa música com muita ênfase e com pouca ênfase, o potente e o diáfano. Mas vivemos um tempo em que todos vivem falando muito alto.
Portanto nada de imagens estáticas: eu ví entristecido o Cristo Redentor em tons predominantemente magenta na propaganda da Osram. Não é rosa mas "estava" rosa. Peter Gasper o concebeu em um ajuste dominante sofisticado de luz branca de elevada temperatura com contraluzes azuis, mas "estava" magenta quando fizeram a foto. Portanto, uma foto pode não representar o melhor ajuste de uma concepção, como também pode ser feita no meio de uma transição, quando o sistema está efetuando uma passagem de um estado a outro.
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