terça-feira, 6 de setembro de 2011

Devagar com o RGB Celofane. Devagar, que eu conheço Cézanne.

O LED em tricromia aditiva (Red-Green-Blue) franqueou e vem popularizando o acesso irrestrito ao universo da luz colorida aplicada ao projeto de iluminação arquitetural. Milhões de possibilidades de ajuste, milhões de dúvidas, milhões de possibilidades de erro, milhões de significados decorrentes.

Além da banalidade das mudanças préprogramadas da lâmpada PARchinesa à venda no camelô, hoje o ajuste profissional da cor ou da temperatura de cor precisa  de um sistema de coordenadas que o defina. Estes ajustes podem ser sutis e muito sofisticados, podem ir muito além do RGB de celofane. Há o azul do Chase Manhatan e o azul do monocromatista Yves Klein. Cada um significa algo completamente distinto. Qual é a intensidade e a saturação do seu "azul"? Em que escala, em que espaço-tempo ele se dá, e quem vivencia esta atmosfera luminosa? "O que swimgnifica isso? O que signifixa isso?"

E se tudo isso tem significado e é significante, pressupondo o reconhecimento da autoria e a responsabilidade decorrentes, é necessário que não possa ser alterado à revelia de quem teve o encargo de fazê-lo. Portanto, toda alteração na programação atenta contra a integridade autoral de uma iluminação.

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